Transfusão de plasma do Hemopa atende pacientes da rede hospitalar

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A Fundação Hemopa destinou mais uma bolsa de plasma de doador curado do novo coronavírus para o tratamento de paciente em estado grave da Covid-19. Desta vez, foi para o Hospital Materno Infantil de Barcarena, em mais uma ação do Governo do Estado contra doença.

Alana Cruz, biomédica e gestora do Hemonúcleo de Abaetetuba

Na noite desta quinta-feira (4), por volta das 22h, o Hemonúcleo de Abaetetuba, realizou o transporte de duas bolsas de plasma. A equipe médica do Hospital Materno Infantil informou que o plasma será transfundido em uma paciente do sexo feminino, de 43 anos. Ela está  internada na UTI adulta do hospital .

“Recebemos a solicitação do hospital e logo seguimos com todos os protocolos para a liberação do plasma de forma a atender o paciente com maior rapidez. Se ainda não somos capazes de evitar a Covid-19 utilizando as vacinas, então  podemos utilizar ferramentas que estão ao nosso alcance. Uma dessas estratégias  é o transplante  do plasma de convalescente”, disse a biomédica Alana Cruz, que é gestora do Hemonúcleo de Abaetetuba.

Desde o mês de maio, a equipe de pesquisadores da Fundação Hemopa está trabalhando com o plasma de convalescente, que nada mais é o plasma doado por voluntários que tiveram a Covid-19, na forma leve ou moderada. No plasma destes doadores é possível encontrar anticorpos contra a doença, por isso o procedimento está em estudo como uma terapia experimental e direcionada a pacientes internados, em estado grave da Covid-19, na rede hospitalar do estado.

A coleta é realizada por meio de aférese, um procedimento que filtra apenas o plasma do sangue do doador. Em duas semanas, o Hemopa já recebeu mais de 20 voluntários. Desse total, 16 pessoas estavam aptas à doação.

Alfredo Maia, 54 anos, conta que todos na família tiveram o novo coronavírus. Ele teve a forma mais branda da doença e pode se inscrever no programa de estudo do plasma, realizado pelo Hemopa. “É uma honra estar aqui e ter a possibilidade de salvar uma vida ou pelo menos, melhorar a qualidade da vida de alguém. Essa doença a gente não deseja nem ao pior inimigo”, ressaltou o engenheiro eletrônico, que fez a doação de uma bolsa com cerca de 550ml de plasma.

O doador Alfredo Maia durante a doação de plasma, na sede da Fundação, em Belém.

A chegada do plasma para atendimento de pacientes internados em hospitais do interior do estado é a realização de uma das metas do projeto. O presidente do Hemopa, Paulo Bezerra não esconde a satisfação desse mais novo avanço da pesquisa. “Estamos empenhando todos os esforços para atender a demanda transfusional de plasma no Pará, cuja indicação é médica e a solicitação é hospitalar. Parabenizo minha equipe e fico feliz por mais um paciente atendido. Essa é a nossa missão: salvar vidas!”.

Doação de Plasma- Para ser um doador de plasma, o voluntário deve obedecer aos critérios básicos: ser do sexo masculino, ter idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55kg, ter tido exame positivo para SARS-CoV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico e ter tido a forma leve ou moderada da doença. A candidatura fica liberada após 30 dias sem nenhuma sintomatologia decorrente da doença. Para mais informações o voluntário pode ligar para (91) 98404-9612.

A coleta de plasma está sendo realizada na sede da Fundação Hemopa, na Batista Campos em Belém. Porém, o serviço é direcionado a toda a rede hospitalar do estado, de acordo com a solicitação das equipes médicas.