A iniciativa incentiva o autocuidado e expõe os desafios do diagnóstico do câncer de mama
Nesta segunda-feira (30) a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) promoveu uma palestra sobre a campanha Outubro Rosa. Essa iniciativa teve como objetivo estimular a conscientização sobre a gravidade do câncer de mama e difundir informações sobre o diagnóstico e prevenção da doença. A ação ocorreu no auditório principal do Hemocentro coordenador em Belém.
O câncer de mama é uma doença proveniente da multiplicação de células anormais da mama responsáveis por gerar tumores que podem se espalhar para outros órgãos do corpo. Esse é o tipo de câncer mais comum no Brasil depois do câncer de pele, e pelo fato de haverem vários tipos de câncer de mama, nem todos os casos têm respostas favoráveis ao tratamento. Por esse motivo, a conscientização acerca do diagnóstico é fundamental para reduzir os impactos da doença.
A fim de esclarecer uma série de mitos e verdades que envolvem o câncer, a Fundação convidou a professora Dra. Elyade Nelly que ministrou a palestra “Outubro Rosa: a prevenção sempre é o melhor caminho”. Ao longo de sua exposição, a médica demonstrou a importância do autocuidado, como identificar a doença, por meio do autoexame das mamas e dos desafios após o diagnóstico, em boa parte tardio.
Ela também destacou a iniciativa do Hemopa. “Eu amei a iniciativa do Hemopa em realizar esse tipo de palestra. Estamos aqui para fazer com que os próprios funcionários do Hemopa consigam ter essa conscientização, essa auto-percepção de que a gente precisa ter cuidado com a nossa saúde. Isso é muito importante e assim eu parabenizo a Fundação por essa ação”, disse a palestrante.
Assim como o sangue, o acesso à informação também salva vidas. Por esse motivo, o Hemopa segue com sua agenda de conscientização acerca do câncer de mama não só durante o mês de outubro, mas por todo o restante do ano. Dentre os principais sintomas destaca-se o caroço (nódulo) endurecido e indolor, modificações nos mamilos, pequenos nódulos localizados debaixo dos braços (axilas) ou no pescoço, vazamento de líquido em um dos mamilos e pele da mama avermelhada e retraída.
O Ministério da saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomendam que todas as alterações citadas anteriormente devem ser investigadas o quanto antes. Nesse sentido, toda e qualquer alteração suspeita deve ser avaliada pelo exame clínico das mamas que consiste na análise e palpação das mamas por um profissional da saúde. Além disso, exames de rotina como é o caso da mamografia, também se configuram como fortes ferramentas na identificação do câncer antes mesmo da mulher ter sintomas. Esse é um procedimento recomendado apenas para mulheres de 50 a 69 anos, salvo os casos de ocorrências na família que devem ser acompanhados com mais atenção, isso porque antes dessa idade as mamas são mais sólidas, compactas e com menos gordura, o que por sua vez limita o exame e pode levar a constatação de resultados incorretos.
Para mais informações sobre a prevenção e controle do câncer de mama, acesse: Cartilha “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”
Texto: Ascom Hemopa, com informações de Beatriz Silva (estagiária)