A Fundação Hemopa coletou em vários municípios mais de mil bolsas de sangue, para atender pacientes de hospitais públicos e privados em todo o Estado
No Dia Mundial do Doador de Sangue – 14 de Junho, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), sediada em Belém, reuniu doadores por todo o Pará, resultando na coleta de mais de mil bolsas de sangue, que poderão beneficiar mais de 4 mil pacientes da rede hospitalar pública e privada em todo o Estado.
Para o presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, as campanhas de doação de sangue são fundamentais para atender às demandas hospitalares. Ele ressaltou a importante adesão da sociedade e dos doadores de sangue, que são protagonistas nessas iniciativas e merecem reconhecimento. “Esse Dia Mundial do Doador é uma forma de agradecer a cada doador que estende o braço e faz a sua doação. Esse gesto tão bonito, simples, mas muito necessário, verdadeiramente salva vidas. Nós celebramos com muita alegria e muita gratidão todos os doadores”, disse o gestor.
A sede do hemocentro e as unidades de coleta descentralizadas na Região Metropolitana de Belém registraram o comparecimento de 503 candidatos voluntários e 382 bolsas de sangue coletadas. Já o Hemocentro Regional de Santarém, no oeste paraense, que também realizou campanha interna e externa, obteve 94 comparecimentos e 77 doações. Na campanha no município de Itaituba, na mesma região, foram coletadas 285 bolsas e registrados 333 candidatos à doação, desde o último dia 13 até este sábado (15).
Os hemocentros regionais de Castanhal (RMB) e Marabá (no sudeste) registraram, juntos, 180 voluntários, sendo coletadas 150 bolsas de sangue, enquanto os hemonúcleos de Capanema (nordeste), Tucuruí (sudeste), Redenção (sul), Abaetetuba (nordeste) e Altamira (oeste) contabilizaram juntos 123 doações.
Em família – Na unidade de Altamira o dia também foi de receber doadores que levaram parentes, como Luiz Guilherme Souza, que estava acompanhado pela mãe. “É um sentimento de solidariedade e responsabilidade social. A gente entende que estamos ajudando mais de uma pessoa, mais de uma vida. É muito prazeroso. Eu estou hoje pela primeira vez com a minha mãe, e a gente espera que novas pessoas sejam incentivadas a realizar esse ato de doação”, disse Luiz Guilherme, filho de Sueneide Quadros.
Kênia Santos, técnica em Enfermagem, contou que a inspiração para a solidariedade veio no ambiente familiar. “A minha mãe me incentivou, gerou em mim essa vontade de ajudar o próximo. Eu tenho isso em mim desde pequena. Comecei com 15 anos a fazer parte do voluntariado, com várias atividades, e logo depois veio a doação de sangue. Só quem doa sabe a diferença que pode fazer na vida de uma pessoa que está lutando pela vida”, enfatizou a doadora, que celebrou a data alegre com a recepção que teve na unidade do Hemopa. “Eu recebi homenagem. Normalmente, entrego presente para os pacientes, mas hoje eu que ganhei”, disse a doadora.
A data especial de homenagem ao doador contou com diversas programações em Belém e nas unidades regionais do Hemopa. Na sede, localizada no bairro Batista Campos, os doadores foram recepcionados com a banda sinfônica do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, além do ritmo e das danças tradicionais do Arraial do Pavulagem, das quadrilhas juninas e canções do coral da Fundação Hemopa. Outro destaque foi a premiação de instituições com maior número de doações nas campanhas.
Adesão – Em Santarém, a campanha alusiva ao Dia Mundial do Doador contou com voluntários da turma de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Já em Itaituba, a parceria foi de instituições públicas e militares. Em Redenção, funcionários da concessionária de energia elétrica no Pará, Equatorial, participaram de um “hemotur” pela unidade, e ao final doaram sangue.
A campanha em Capanema e Castanhal também contou com voluntários de empresas da região, como um grupo supermercadista, grupo solidário e apoio de uma instituição pública do município de Tracuateua, além de apresentações de artistas locais.
Em Abaetetuba, os estoques de sangue foram abastecidos com a parceria de grupos empresariais do segmento supermercadista e mineração locais, além de instituições de ensino superior. Em Marabá, a participação de voluntários de uma empresa de mineração da região ajudou na manutenção do estoque de sangue.
Texto por Helen Alves (Hemopa)