Hemopa atende norma técnica do MS que inclui coronavírus na triagem de doadores

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A partir desta sexta-feira, 6, o processo de triagem clínica para doação de sangue realizada na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), contará com a inclusão da avaliação do novo coronavírus, ou Covid-19, que passou a constar na Nota Técnica n° 5/2020, do Ministério da Saúde/Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já avaliava presença dos vírus da dengue, chikungunya e zika, e agora avaliará também variações do coronavírus, entre elas, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Para tanto, o hemocentro paraense criou uma comissão para medidas operacionais de enfrentamento ao Covid-19, com a execução de ações preventivas de educação em saúde junto aos servidores da hemorrede, que é composta por um total de 11 unidades, além de voluntários da doação de sangue que comparecerem em uma das unidades implantadas pelo estado.

Essas ações incluem capacitação técnica de servidores que atuam no ciclo do sangue, desde a captação, coleta, processamento, armazenamento e distribuição do sangue para rede hospitalar. As ações de educação em saúde contam com palestras, distribuição de material educativo em consonância com as orientações do Ministério da Saúde/Secretaria de Estado de Saúde Pública –Sespa.

Essas ações contam com envolvimento direto do Serviço de Atendimento de Saúde do Servidor (SASS), da comissão de Biosegurança, comissão de Enfrentamento ao Covid-19, e ainda o projeto “Sala de Espera” que intensificará as intervenções junto as áreas de atendimento aos pacientes e doadores para esclarecer sobre a doença.

De acordo com a enfermeira Luciana Leal, gerente de Triagem Clínica de Doadores do Hemopa, “com relação ao coronavírus foi também elaborado protocolos em relação ao candidato de doação de sangue, ao paciente e aos nossos servidores que também são pessoas que estão lidando com um público”.

Sobre os critérios da coleta de sangue, a enfermeira destaca que será mantido os períodos de inaptidão para candidatos com diagnóstico clínico laboratorial para dengue que são de 30 dias, a partir de sua recuperação. Candidatos que foram imunizados contra a doença só podem doar 30 dias depois da vacina.

Para candidatos com diagnóstico de Zika ficam sem condições de doar sangue por 120 dias. Já para Chikungunya a inaptidão é de 30 dias, a partir da recuperação completa da doença.

“Com a inclusão do Covid-19, o processo de triagem estabelecido com a inaptidão temporária para candidatos com histórico de viagem para áreas autóctones nacionais ou internacionais, é de 30 dias, conferido a partir do último dia de permanência na área visitada. Já os casos confirmados com exames clínico/laboratorial, o candidato fica impossibilitado de efetuar a coleta de sangue por 90 dias, a partir de sua plena recuperação”.

Outra situação apontada pela profissional é caso de candidatos que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico da doença pelo mesmo período, terão a coleta suspensa por um mês. O mesmo período de inaptidão vale para aqueles que tiveram contato com casos suspeitos e em avaliação.

Luciana Leal, destaca ainda que, para candidatos à doação que apresentarem sintomas de resfriado comum ou de infecções das vias áreas superiores, sem história de viagem para zona endêmica ou contato com pessoas provenientes dessas áreas, a inaptidão prevista é de 7 dias, a partir de sua recuperação completa.

Os triadores da Fundação Hemopa também estarão atentos para orientações aos doadores sobre a importância do repasse de Informações Pós-Doação (IPD) ao hemocentro sobre surgimento de eventuais sintomas infecciosos como febre + sintomas respiratórios e/ou gastrointestinais, até 14 dias, após a doação de sangue, visando reduzir risco de transmissão transfusional dos vírus citados, o que vai aumentar ainda mais segurança transfusioinal

Para a gerente de Triagem Clínica de Doadores do Hemopa, este momento é de um reforço maior quanto ao protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “Serve de alerta para a necessidade de mais ações educativas e mais comprometimento com nosso público, principalmente o doador, ao repassar as informações sobre os cuidados que deve tomar para evitar a contaminação do vírus”.

Ela ressalta que orientar os usuários dos serviços, sobre qualquer aspecto de saúde pública, faz parte da rotina do trabalho realizado no Hemopa, “até porque fazemos parte de um Hemocentro de referência nacional e internacional, então a gente tem que estar preparado para todas as situações”, enfatizou Luciana Leal.

Para doar sangue – É preciso ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto.

Serviço: Em dias normais, as doações de sangue podem ser feitas no Hemocentro Coordenador e na Estação de Coleta Castanheira, de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados, de 7h30 às 17h. Há ainda a Estação de Coleta Pátio Belém que funciona de segunda a sexta-feira de 9h às 16h. Mais informações: 08002808118 ou 3110-6500.