Fundação Hemopa investe em tecnologia para melhorar ainda mais o atendimento ao doador e pacientes

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A Fundação Hemopa também está na corrente de combate ao novo Coronavírus. Desde o mês de maio, o Hemocentro coordenador, em Belém, vem coletando plasma de convalescente, ou seja, de pessoas recuperadas da doença para beneficiar outros pacientes que ainda estão internados.

O plasma é a parte líquida do sangue que armazena anticorpos. A coleta deste hemocomponente é feita por meio de uma tecnologia de ponta com uma máquina de aférese, que faz a retirada apenas do plasma (também pode ser utilizada para coleta de plaquetas) por centrifugação. As demais células do sangue são devolvidas para o organismo do doador. Dessa forma, a quantidade de plasma obtida é, em média, 7 vezes maior do que se consegue em uma doação de sangue convencional, que retira cerca de 450ml de hemocomponentes.

O equipamento separa os hemocomponentes por centrifugação.

“A coleta de componente sanguíneo por aférese é um método moderno utilizado nos maiores hemocentros do País. A coleta é extremante segura. Existem pacientes com patologias em que a aférese é a opção mais indicada por apresentar menor reação transfusional. E também por envolver volume suficiente de um único doador”, ressaltou Evellyn Ferreira, Gerente da Coleta de doadores.

O procedimento dura de 40 minutos à 1h30, o que exige uma colaboração maior do doador. Portanto, a doação por aférese não afeta a saúde e permite que a pessoa doe novamente em 72 horas.

Terapia Alternativa

A utilização do plasma de convalescente como terapia alternativa de tratamento contra a Covid-19, faz parte de uma pesquisa desenvolvida por um grupo de especialista da Fundação Hemopa e conta com a supervisão do Conselho Regional de Medicina (CRM).

De maio a agosto, o Hemopa já recebeu 63 doadores recuperados da doença que se disponibilizaram a doar uma bolsa de plasma para o estudo. Cada bolsa é dividida em duas, isso quer dizer que, ao todo, já foram 126 bolsas coletadas.

Entre os doadores está Heberte da Cruz, motorista de aplicativo que chegou a ser internado no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém, com a forma moderada da doença. “Eu venci a covid, mas vi muitas pessoas que morreram. E se agora posso ajudar, me sinto bem em fazer isso ao próximo”, ressaltou.

O doador Heberte doou cerca de 460ml de plasma.

A transfusão de plasma de convalescente em pacientes internados depende da solicitação da equipe médica. A Fundação Hemopa já enviou bolsas de plasma para o Hospital de Campanha do Hangar, Santa Casa de Misericórdia, Barros Barreto, Ophir Loyola, Abelardo Santos, Hospital Materno Infantil de Barcarena, Hospital Regional Santarém e Hospital do Coração.

Quem pode ser um doador de plasma

Os pré requisitos para o doador de plasma é ser do sexo masculino, ter idade entre 18 e 60 anos, pesar mais de 55kg, ter tido exame positivo para SARS-CoV-2 por teste de PCR-RT ou teste sorológico e, ter tido a forma leve ou moderada da doença.

O candidato à doação de plasma deve estar curado da Covid-19 a mais de 30 dias e sem nenhuma sintomatologia. Este voluntário vai passar pelo cadastro e exames específicos para então ser habilitado à doação de plasma.

Para mais informações o voluntário pode ligar para (91) 98404-9612.