Enfermeiros são destaque na assistência hemoterápica e hematológica no Pará

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“Acho a Enfermagem uma profissão muito linda, por isso escolhi este curso para estudar. O que eu desejo é que as pessoas tenham mais empatia com esses profissionais que merecem todo respeito e reconhecimento”. A declaração em homenagem ao Dia Internacional da Enfermagem, comemorado nesta quarta-feira, 12, é da estudante do curso de Enfermagem, Renata Moraes dos Anjos, 31, que estava acompanhando seu pai, José Maria Teles dos Anjos, durante sua transfusão de sangue, na sede da Fundação Hemopa, em Belém.

A enfermagem é a categoria profissional em maior número na maioria das instituições de saúde e desenvolve suas ações em diversas áreas, como assistência, pesquisa, educação e gerenciamento. Na Fundação Hemopa, são 182 profissionais, entre enfermeiros e técnicos de Enfermagem, que têm importante atuação no campo da Hemoterapia e Hematologia.

A enfermeira Gisele  Maria Cardoso da Silva, que é gerente de Enfermagem do Ambulatório Hematológico, responsável Técnica pela Enfermagem e coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente, é um exemplo concreto da importância da categoria dentro da Instituição, tendo em vista sua extensa responsabilidade no seu campo de atuação.

“Participamos de maneira expressiva em todas as áreas dentro da Fundação Hemopa, que passa pelo ciclo do sangue como a triagem de doadores, coleta de sangue “de doadores , processamento de bolsas de sangue, armazenamento e distribuição de hemoterápicos, transfusão de sangue e Hemovilância”, pontuou a profissional.

Ela complementa ainda que esses profissionais atuam na  assistência ao paciente hematológico, coleta de sangue de cordão umbilical e placentário; lavagem e esterilização de materiais médico- hospitalares e na assistência à saúde do trabalhador.

O idoso José Maria Teles, 56, faz parte dessa gama de atendimento oferecido aos nossos usuários. Ainda com diagnóstico de anemia em definição, ele é um dos cerca 18 mil pacientes ativos beneficiados pela assistência.

Residente na ilha do Cumbu, situada à margem esquerda do Rio Guamá, sempre que vem à capital para consulta, exames e/ou realização de transfusão de sangue, ele tem a companhia da filha Renata Moraes, que não poupa elogios ao atendimento oferecido ao seu genitor.

“O atendimento no Hemopa é maravilhoso. Somos muito bem atendidos. A equipe trata muito bem a todos, tanto faz se o paciente é daqui ou do interior. Não tenho do que reclamar”, diz ela.

Agora como futura enfermeira, ela deseja mais respeito à categoria, mais qualidade e segurança no ambiente de trabalho, especialmente, neste momento de pandemia da Covid-19. “A nossa atuação é marcada pelo cuidar com amor e se dedicar à profissão. Passamos cinco anos numa faculdade estudando para cuidar de doentes. É muita doação por amor à profissão. Parabéns a todos!”, ressaltou a universitária.

Segurança do paciente – A gestão da Fundação Hemopa é marcada por certificações nacionais e internacionais pela excelência dos serviços oferecidos. Dentro desse contexto, Gisele Cardoso, que também está à frente da adesão do hemocentro paraense ao Programa Nacional de Segurança do Paciente, instituído pelo Ministério da Saúde (MS), explica que a atuação da equipe de Enfermagem, dentro da Fundação Hemopa, é baseada em protocolos institucionais amparados por todas as legislações existentes no campo das boas práticas em saúde e segurança transfusional.

“Essa adesão ao programa do MS trouxe um reforço à implementação de mais ações voltadas à segurança de doadores e de pacientes, que qualificam o cuidado, através da redução de danos desnecessários à saúde pelo encorajamento à cultura de priorização da segurança com ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional e de vigilância e monitoramento de incidentes. Estamos sempre em busca de uma assistência cada vez mais segura, qualificada e humanizada”, ressaltou a enfermeira.

Estrutura ambulatorial – Atualmente, o atendimento ambulatorial ao paciente hematológico conta com nove enfermeiros e 18 técnicos de Enfermagem, que atuam na assistência direta ao paciente, educação em saúde, visitas domiciliares, controle de agendamentos e gerenciamento de ações nos setores de consulta de Enfermagem e unidade de transfusão.

“No contexto da pandemia, em conjunto com a equipe multiprofissional do Ambulatório, a equipe se mantém na linha de frente da assistência e não mede esforços para manter a atenção aos pacientes, neste momento tão difícil que todos estão vivenciando”, destaca Gisele.