Que Belém é a cidade das águas, a gente já sabe. Mas é impossível não se assustar com as chuvas que surpreendem e causam muitos transtornos na rotina de quem vive na região metropolitana, não é mesmo?! Porém, uma coisa é certa: a vida não pode parar!
É este o lema que a Fundação Hemopa carrega todos os dias na árdua missão de captar voluntários para a doação de sangue. A vida não espera a chuva passar. Todos os dias, centenas de pacientes internados na rede hospitalar, necessitam de transfusão de sangue para sobreviver e, para isso, dependem desse ato de generosidade e amor ao próximo.
O paciente Isaac Calandrini, de 10 anos, tem anemia aplásica. Ele recebe transfusão de plaquetas, semanalmente, e também concentrado de hemácias, uma vez no mês no ambulatório do Hemopa, em Belém. A mãe, Madalena Calandrini, é incansável e não tem dia ruim que impeça de cumprir essa rotina. “Em dias de chuva, como estes, a gente tem que gastar mais com o transporte, pois precisamos pegar carro particular pela fragilidade da saúde do Isaac. Mas meu filho depende disso para estabelecer a saúde. Então não tem chuva que nos impeça de vir. A gente depende da solidariedade do próximo”, destacou Madalena.
O Hemopa depende, primordialmente, da atitude voluntaria da sociedade em praticar a doação de sangue. A ação altruísta pode ser decisiva na vida de alguém. E foi sensibilizado por uma campanha de rede social que Marcelo Freiras, 33, enfrentou os dias chuvosos, pegou o ônibus até chegar na unidade de coleta do Hemopa, na Batista Campos. “Eu não sei quem é a pessoa que precisa de sangue. Não conheço. Mas ela está muito doente e se eu posso ajudar, ajudarei. O importante é termos consciência de que alguém está precisando da gente”, disse o encanador do tipo sanguíneo A Negativo.
Diante da dificuldade de deslocamento do doador até as unidades fixas de coleta de sangue, o Hemopa desenvolve estratégias de captação de voluntários, por meio de campanhas itinerantes, com a Unidade Móvel e em parceria com instituições parceiras públicas e privadas. Só nos meses de janeiro e fevereiro, período do chamado ‘inverno amazônico’ que proporciona muita chuva na cidade, o Hemopa realizou 17 campanhas externas nos bairros de Belém e 14 internas.
“Nós precisamos chegar mais próximo do nosso doador. Entendemos as dificuldades de deslocamento neste período de chuvas, mas também não podemos nos deixar intimidar, até porque a nossa missão é ajudar a salvar vidas, através de um ato solidário que é a doação de uma bolsa de sangue. Mas além de levar a unidade de coleta até os bairros, ainda assim, precisamos muito de todos que estejam bem de saúde para realizar esta doação”, destacou Juciara Farias, gerente de Captação de Doadores do Hemopa.
Para doar sangue, o cidadão precisa ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e apresentar um documento de identificação oficial, original, com foto (RG, CNH, Passaporte ou Carteira de Trabalho).
O Hemopa sede, na Padre Eutíquio, e a unidade de coleta do Shopping Castanheira estão abertas de segunda a sexta, das 7h30 às 18h30. E aos sábados, das 7h30 às 17h30. Já a unidade de coleta do Shopping Pátio Belém funciona em horário diferenciado, de segunda a sexta, das 9h às 16h. Para mais informações ligue 3110-6500.
Além das unidades de coleta na Região Metropolitana de Belém (RMB), os voluntários podem doar sangue nos serviços de coleta em Castanhal, Marabá, Santarém, Abaetetuba, Altamira, Tucuruí, Capanema e Redenção.