O Ministério Público (MP) montou uma verdadeira força-tarefa contra os cânceres de mama e de próstata. Nesta terça-feira, dia 10, o Departamento Médico e Odontológico da instituição realizou o seminário “Outubro Rosa, Novembro Azul: prevenção do câncer de mama e próstata” no auditório Fabrício Ramos Couto, do Centro de Estudos de Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf). A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) esteve no evento com sua unidade móvel que contabilizou a participação de quase 40 voluntários.
A promotora de Justiça de Saúde, Suely Catete, conta que a ideia do seminário foi propagar informações sobre os cânceres para servidores do MP e também para o público em geral. Segundo ela, “as complicações das doenças então muito ligadas ao diagnóstico tardio. Por isso precisamos focar na prevenção. E não há melhor forma de fazer isso do que investir em esclarecimento”.
A promotora ressalta ainda que a parceria com o Hemopa vem da constante necessidade de transfusões de sangue em pacientes com câncer. “Aqui estamos focando na prevenção, mas não podemos deixar de pensar em quem já está diagnosticado. O sangue é extremamente importante pra quem faz tratamento contra o câncer, seja pra quem vai fazer a cirurgia ou para manter a qualidade de vida”, explica.
A servidora do MP Tássia Gomes escutou o chamado e se prontificou a fazer a doação de sangue pela primeira vez. “Hoje cheguei para trabalhar e vi toda essa movimentação. Penso que, se tenho saúde para isso, posso ajudar. Tem tanta gente precisando e é um ato tão simples”, evidencia Tássia.
Para a assistente social do Hemopa, Aurismar Texeira, esse tipo de parceria é fundamental para melhorar o estoque de sangue da Fundação, que está em estado crítico. “Com a unidade móvel vamos onde o doador está e isso facilita muito a doação. Geralmente as pessoas não encontram tempo para doar e utilizamos essa estratégia para incentivar os voluntários”.
Foi o que aconteceu com o produtor rural Orlando Quaresma. Morador do município do Acará, ele estava indo ao banco quando viu a unidade móvel do Hemopa. “Já sou doador de sangue, mas a gente nunca tem tempo de ir ao Hemopa. Essa é a segunda vez que dou sangue no ônibus. Ele facilita muito o nosso acesso”, finaliza.