Cláudio Oliveira (na foto acima) fez a primeira doação de sangue em novembro. Há alguns anos ele sofreu um assalto e levou cinco tiros. Os projéteis ainda estão alojados no corpo. Três deles, na coluna, o que causou paralisia dos membros inferiores.
“A minha vida ficou por um fio. Mas como eu tive a oportunidade de viver, eu quero proporcionar o mesmo para tantos pacientes que precisam de sangue nos hospitais. Eu não precisei receber bolsas, mas convivi com várias pessoas durante a minha recuperação no hospital que fizeram várias transfusões”, disse Cláudio.
A acessibilidade com rampas e espaços amplos na Recepção de doadores e na Sala de Coleta de sangue, proporciona um trânsito tranqüilo para pessoas que têm alguma restrição de locomoção.

“Eu estou muito feliz em não encontrar dificuldade nenhuma para entrar na unidade e para doar. A acessibilidade é maravilhosa. E o mais importante de tudo é poder ajudar ao próximo. Não tem preço”, disse Alexandre Vieira, atleta de basquete de cadeira de rodas.
A limitação física não é empecilho para a doação de sangue. Os critérios básicos para a doar são: ter entre 16 e 69 anos, sendo que menores de idade devem estar acompanhados com o responsável legal e a primeira doação só pode ser efetuada até os 60 anos. O cidadão precisa pesar mais de 50kg e estar bem de saúde. Antes da doação é preciso estar bem alimentado.
“Muitas pessoas acreditam que por não ter uma perna, um braço ou por ser cego, surdo não podem doar sangue. E isso não é verdade. Eu chamei todos os meus colegas do time de basquete de cadeira de rodas para este ato de amor. E muitos estão aqui pela primeira vez, justamente por falta de conhecimento”, revelou o Alexandre.
Dia 3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência. Esta data foi instituída para dar visibilidade a importância de proporcionar inclusão de Pessoas com Deficiência na sociedade e falar mais abertamente sobre o assunto.

Em dezembro de 2000, foi aprovada a Lei n° 10.098, mais conhecida como Lei da Acessibilidade, que estabelece “normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação”. E a Fundação Hemopa, respeitando a Lei, está sempre disposta em proporcionar conforto e acesso facilitado à sociedade.

Pela primeira vez, Rafael Brito, que caminha com o auxilio de muletas, entrou no prédio do Hemocentro, em Belém, para doar sangue. Ele disse que se sentiu a vontade. “A rampa de acesso é essencial para nos ajudar a entrar nos estabelecimento e isso o Hemopa nos favoreceu. A inclusão começa nesses pequenos detalhes. Entrei, fui atendido normalmente e não encontrei limitações”, ressaltou.