Hemopa promove ação pelo Dia Mundial de Conscientização e Sensibilização das Pessoas com Doença Falciforme

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Nesta quarta-feira, 19, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia (Hemopa), promoverá evento pelo “Dia Mundial de Conscientização e Sensibilização das Pessoas com Doença Falciforme (DF)”  com uma programação de educação em saúde voltada para usuários e seus acompanhantes, de 9h às 11h30, no auditório do hemocentro, com orientações e atividades lúdicas.
A doença falciforme é  patologia hematológica  genética e hereditária mais comum no Brasil e, entre elas, a mais grave é a anemia falciforme(DF). De acordo com o Ministério da Saúde existem hoje entre 30 mil e 50 mil pessoas com alguma doença falciforme no Brasil. No mundo todo, as estimativas são de que a cada ano nasçam entre 300 mil e 400 mil crianças com uma das mutações genéticas.
No Pará, a Fundação Hemopa, que é referência no diagnóstico e tratamento da doença, possui um cadastro ativo de mais de 14 mil pacientes. Desses, 903 são com DF que recebem tratamento especializado com a equipe multidisciplinar da Coordenadoria de Atendimento Ambulatorial (COAMB) do hemocentro.


A enfermeira Ana Beatriz Tavares Oliveira Santana, 27 anos, com tipo sanguíneo O Positivo, faz parte desse universo de pessoas com doença falciforme, mais especificamente, a anemia falciforme. Ela começou a apresentar alguns sintomas da doença aos seis meses de vida.
De acordo com a coordenadora de Atendimento Ambulatorial do Hemopa, a médica Saide Maria Sarmento Trindade, os pacientes com a doença fazem tratamento à base do medicamento de alta complexidade como a hidroxiuréia que é fornecido  pelo SUS; e também com a realização de transfusões de sangue, como é  caso de Ana Beatriz.
“Enquanto não passo para a medicação, dependo da transfusão de sangue. Muito obrigada aos doadores de sangue. É uma gratidão que não se paga. Fico muito emocionada quando vejo as pessoas virem doar. Agradeço parte da minha vida, primeiramente Deus e depois os doadores, porque sem eles eu posso garantir que já estaria morta. O sangue é imprescindível para gente quem tem a doença falciforme”, disse a usuária atendida no HEMOPA
Segundo o Ministério da Saúde, a  doença falciforme é a anemia mais prevalente,porque os glóbulos vermelhos do sangue (hemácias) ganham a forma de meia-lua ou foice em ocasiões de baixa de oxigênio, daí o nome falciforme. Essas células deformadas se tornam rígidas e propensas a se polimerizar, ou seja, formar grupos que aderem à camada celular interna dos vasos sanguíneos que dificulta a circulação do sangue. A condição pode levar à oclusão de vasos sanguíneos. Além de causar episódios imprevisíveis de dor, aumenta muito as chances de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e embolia pulmonar, entre outras complicações.
Segundo Saide Trindade a equipe ambulatorial do HEMOPA levará   informações da melhor maneira possível aos usuários, acompanhantes e cuidadores. “Vamos oferecer um momento lúdico, um momento de psicossocial e educacional, onde temos desde o autocuidado do paciente, através da oficina de Enfermagem, Sala de Espera com Serviço Social, que começou na segunda feira, 17, que culminará dia 19”.
A ação de sensibilização para o “Dia Mundial de Conscientização e Sensibilização das Pessoas com Doença Falciforme (DF)”, dia 19, contará ainda com apoio do Grupo Lítero Musical da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), e ainda com a parceria com Teatro de Bonecos do Laboratório Beneficente de Belém e distribuição de kits com produtos de higiene pessoal, caneta e caneca. “Vamos celebrar  as conquistas, ao futuro, e que nosso futuro seja o mais rápido possível porque essas pessoas precisam de uma melhor qualidade de vida”, comentou a médica.
Avanços- Segundo o Ministério da Saúde, o  único tratamento para curar a anemia falciforme é o transplante de medula óssea. No Brasil, o procedimento passou a ser coberto pelo SUS em 2015. Os transplantes em  pessoas com doença falciforme só podem ser realizados entre irmãos compatíveis .
A Fundação Hemopa tem um fluxo  para realização de transplante de medula óssea para paciente com DF, e  possui os protocolos  tanto do MS e a terapia celular para osteonecrose,  em parceria com o  Hospital de Clinicas da Bahia, e tem que obedecer o fluxo adequado das avaliações de indicação .
O Hemopa fica localizado na Travessa Padre Eutíquio, 2109. Atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, das 7h às 17 h. Mais informações pelo Alô Hemopa: 0800 280 8118 / 3110-6500.